quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Tempestade no Mar
50x65cm
TEMPESTADE
A fúria da minha tempestade
Invade o meu ser constantemente.
É vulcão em erupção iminente
E chega sempre ao cair da tarde.
Do meu corpo todo feito de tormenta
Saem raios de lume cintilante.
Sinto o vento com seu uivo arrepiante;
Abro as mãos, mais o furacão aumenta.
Meus olhos são fogos destruidores
Jorra lava do meu pensamento.
Nuvens negras despejam o tormento
Sobre desertos estéreis de horrores.
Minha vida vazia e sedenta
Voga no mar alto, tenebroso
Embate violenta em chão rochoso
E pouco a pouco a tempestade aumenta.
por: José Claudino da Silva
in "Poemas do meu viver"
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Pôr-do-Sol
PÔR-DO-SOL FRÁGIL
Invariavelmente vou por ali.
Dizem ser o caminho mais curto.
E quando chego, não saio daqui;
Permaneço, sem saber que não saí;
É este o lugar de que eu disfruto.
Acorrento-me para não partir.
Dizem que a viagem tem perigos.
E encontro-me, sempre a fugir,
Já sem forças, nunca penso desistir;
É na fuga, que encontro meus abrigos.
Às cegas, vou ziguezagueando.
Dizem que eu devo abrir os olhos.
Só os abro, de vez em quando
Porque em mim, sou eu que mando
E não quero desviar-me dos escolhos.
Eis que me encontro ao fim da tarde.
Dizem-me que é a hora do horror.
É chegado o momento da verdade
De queimar tudo, quanto em mim arde
Com a ténue chama do sol-pôr.
por: José Claudino da Silva
in "Poemas do meu viver"
terça-feira, 22 de setembro de 2009
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