aguarela s/ papel
38x28cm
vendido/sold
TÂMEGA BUCÓLICO
O Tâmega parte a correr
Mas descansa sobre a ponte
Para depois ir benzer
A igreja que está defronte
Fica a olhar as arcadas
Meditando um momento
As suas águas paradas
São espelho do convento
Deleita-se melancólico
Do açude à ilha Aurora
E nesse local bucólico
Revive amores de outrora
Abraça os remos do bote
Que lhe agita a superfície
E recebe como um dote
As remadas de meiguice
Espera que alguém se afoite
A embala-lo de mansinho
E fica a sonhar de noite
Junto ao muro do Arquinho
Nas árvores junto à margem
Dorme com tranquilidade
E o rio segue viagem
Quando acorda a cidade
Por: José Claudino da Silva,
in "Poemas do meu viver"